sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Desistir é a opção dos fracos !!!


Veja,
Não diga que a canção está perdida
Tenha fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez


Beba,
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés pra cruzar a ponte
Nada acabou, não, não


Tente,
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar
Não, não, não, não, não
Há uma voz que canta
Há uma voz que dança
Há uma voz que gira
Bailando no ar

Queira,
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente,
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez!!!

sábado, 2 de julho de 2011

Beba sem moderação......


ADEPARA adverte: cuide muuuuuito bem de seu gado  .....  

e  ....

Se não for dirigir................             Beba sem moderação.......
 

sábado, 25 de junho de 2011

Carlos Sales, um grande companheiro

Nas Eleições 2010 conheci o grande Carlos Sales. O ícone da campanha do Mário (Moreira). Carlinho, como é conhecido, foi nos presenteando ao longo da campanha com suas incríveis histórias.


Carlinho nasceu, ao que parece, em Conceição do Araguaia, no Pará. Porém, viveu alguns anos em Floresta do Araguaia, Redenção, Manaus, Belém, Brasília, Rio de Janeiro, Guiné-Bissau, Estados Unidos, passou uma boa temporada em Goiânia, viveu grandes experiências em Cumaru do Norte, aventurou-se nas ilhas Canárias etc....

Mas foi realmente nas Índias que Carlinho sentiu-se em casa. A cultura era incrível. Marcou para sempre sua vida. Realmente foi inesquecível.

Antes de acabar a campanha eleitoral, Pedro, Mário e Eu, tínhamos contabilizado 113 anos de vida ao nosso amigo Carlinho (kkkkkk).


Realmente, ao que parece, mentindo o Carlinho, ele é um homem centenário. Mas vamos continuar essa contagem desigual e depois abordaremos juntos aqui.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Como negar as origens???

   
       
    Essa semana precisei ir até Rio Maria, a 100 km de Redenção. Saindo do Fórum, entre 13h e 14h, avistei uma lanchonete chamada “Ponto do Açaí”. A fome era grande e a saudade de tomar um açaí “do grosso” era maior ainda. Resolvi encarar.

    Pedi licença à senhora da lanchonete para montar meu acampamento, digo, meu instrumento de trabalho com seu respectivo rabinho de porco (modem da internet móvel)e perguntei se ainda havia o prato principal, quando a mesma reponde: “sim, temos porção de R$5,00 e de R$7,00 reais”, mostrando-me as respectivas tigelas. Não hesitei e pedi a porção de R$7,00 contos.

     O lapso temporal entre o pedido e o momento em que a senhora despejou o açaí em minha frente, confesso, foi angustiante.

     Mas como no final tudo dá certo, como bem diz meu amigo Carlinho, pude relembrar um pouco da minha terra natal, Belém do Pará, saboreando um excelente açaí, mesmo com algumas adaptações que minha avó nem imagina.

     A cena foi tão inusitada que, mesmo precisando mandar alguns e-mails, fazer algumas ligações, almoçar e recarregar a bateria do notebook em tão pouco tempo, resolvi tirar a foto acima para registro.

domingo, 19 de junho de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Como os aviões permanecem no ar?

É uma das curiosidades que todos querem saber, como um objeto tão pesado pode voar?
Para fazer um avião voar, a primeira coisa é superar a resistência do ar. Para isso, o avião precisa ser impulsionado por hélices, foguetes ou turbinas, que executam duas ações: primeiro, sugam o ar para dentro com uma grande hélice, como um grande exaustor.

Depois de puxar o ar, as turbinas jogam esse ar pro outro lado, comprimido e acelerado por várias hélices pequenas. O ar comprimido e acelerado gera uma pressão em sentido contrário, que “lança” o avião pra frente fazendo-o vencer a resistência do ar.

Vencida a resistência do ar, é hora de vencer o peso de centenas de toneladas que mantém o avião no solo. Quem faz isso são as asas, especialmente projetadas para criar um poderoso empuxo (força que empurra o avião para cima).

A asa mais usada em aviões tem a parte de cima curva e a da baixo reta. Esse tipo de asa induz uma diferença de velocidade na passagem do ar: o ar de cima passa mais rápido, porque percorre um caminho maior no mesmo tempo que o ar de baixo, que passa mais devagar.

A diferença de velocidade nessa passagem de ar faz com que a pressão na parte superior da asa seja menor que a de baixo. Com isso, a força do peso (em direção ao solo) fica menor que a força de empuxo (para cima). E o avião voa!

Para que o piloto possa controlar o ângulo de altura ou descida e controlar a velocidade do avião, as asas tem pás móveis chamadas flaps, que alteram a direção da passagem do ar, mudando a diferença de pressão na asa e, sendo assim geram o empuxo do avião.

Por fim, o avião não perde o controle graças à asa que fica em pé na parte traseira, o estabilizador vertical. Ele mantém o avião em linha reta. O estabilizador também tem um flap, chamado de leme, que é movimentado sempre que o piloto quer tornar a aeronave para a esquerda ou para a direita



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Curiosidades


PIRÂMIDES

Das sete maravilhas do mundo antigo, as oitenta pirâmides são as únicas sobreviventes. Foram construídas por volta de 2690 a.C., a 10 km do Cairo, capital do Egito. As três mais célebres pirâmides de Gizéh (Quéops, Quéfren e Miquerinos) ocupam uma área de 129.000 m2. A maior delas (Queóps) foi construída pelo mais rico dos faraós, e empregou cem mil operários durante 20 anos. Se enfileirássemos os blocos de granito das três pirâmides, eles dariam a volta ao mundo.

Aprovada criação de cadastro positivo para diminuir custo de crédito

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (18), a Medida Provisória (MP) 518/10, transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 12/11, que cria um cadastro positivo com informações e dados de pessoas físicas e jurídicas que estão em dia com seus compromissos financeiros. A inclusão dos nomes, porém, depende de autorização expressa do interessado.
O objetivo é subsidiar a concessão de crédito, a realização de venda a prazo ou de outras transações comerciais e empresariais que impliquem risco financeiro. O projeto, aprovado com o mesmo texto vindo da Câmara, agora segue para sanção presidencial.
Para o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), relator-revisor da matéria no Senado, a aprovação do cadastro positivo abre um "caminho para a redução do spread bancário".
Em dezembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou projeto de lei do Senado (PLS 263/04), de autoria do ex-senador Rodolfo Tourinho (DEM-BA), que também propunha a criação do cadastro positivo. Ao justificar o veto, Lula disse ter acatado entendimento do Ministério da Justiça de que o projeto contrariava o interesse público por trazer "conceitos que não parecem suficientemente claros". O cadastro foi, então, instituído pela MP 518/10, editada no último dia do ano.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que assina a mensagem ao Congresso fundamentando a MP, o conjunto de medidas deverá "dotar o país de um arcabouço legal que incentive a troca lícita de informações pertinentes ao crédito e as transações comerciais". No texto, o ministro acrescenta que tais medidas deverão reduzir o problema da assimetria de informações e proporcionar novos meios para redução das taxas de juros e a ampliação das relações comerciais, com a adequada proteção da privacidade das pessoas.
O relator da matéria na Câmara, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), disse que o cadastro deverá, no prazo de dois anos, diminuir o custo financeiro para o tomador de empréstimos. Informou ainda que uma legislação semelhante adotada no México reduziu em até 30% o custo do crédito. 
Funcionamento 
Os bancos de dados poderão conter informações de adimplemento do cadastrado para a formação do histórico de crédito. As informações armazenadas deverão ser objetivas, claras, verdadeiras e de fácil compreensão, necessárias para avaliar a situação econômica do cadastrado, conforme o texto final aprovado pelos deputados.
A abertura do cadastro positivo de uma pessoa dependerá de sua autorização prévia por meio de um documento específico ou de uma cláusula à parte em um contrato de financiamento ou compra a prazo, por exemplo. O relator da matéria na Câmara incluiu no texto que tal autorização tenha validade para todos os bancos de dados. O compartilhamento de informações entre os bancos de dados só será permitido, entretanto, se autorizado expressamente pelo cadastrado em documento específico ou cláusula à parte de um contrato de compra.
Entre os direitos do cadastrado no banco de dados destaca-se o de poder cancelar seu cadastro quando isso for solicitado. O cadastrado pode ainda acessar gratuitamente as informações registradas sobre ele e pedir a impugnação de dados anotados incorretamente. Pode também conhecer os principais critérios da análise de risco, resguardado o segredo empresarial.
Os deputados aprovaram mudanças na MP para estabelecer, entre outras medidas, prazos para acessos ao banco de dados. O acesso gratuito, por exemplo, poderá ser limitado pelo gestor do banco de dados a até uma vez a cada quatro meses, e a correção de dado impugnado deverá ocorrer em até sete dias.
Os gestores dos bancos de dados serão obrigados a fornecer ao cadastrado, quando este solicitar, todas as informações constantes de seus arquivos até o momento do pedido. Os gestores também terão prazo de sete dias para informar o cadastrado sobre endereço e telefone das fontes de informação (lojas, bancos, etc).
O mesmo prazo deverá ser cumprido para informar ao cadastrado quais os bancos de dados que compartilharam seus arquivos e quem consultou as informações. Os bancos de dados não poderão limitar nem impedir o acesso do cadastrado às informações registradas sobre ele.
As chamadas fontes de informação fornecidas aos bancos de dados poderão ser pessoas físicas ou jurídicas autorizadas pelo cadastrado. Elas são obrigadas a manter registros adequados para demonstrar que a pessoa autorizou o envio dos dados, assim como para comprovar a exatidão da informação. Essas fontes deverão ainda confirmar ou corrigir, em até dois dias úteis, as informações que tiverem sido impugnadas, sempre que esse procedimento for solicitado pelo gestor do banco de dados ou diretamente pelos cadastrados.
Nos casos em que a pessoa for caracterizada como consumidora, com base no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), os Procons deverão aplicar as sanções previstas na legislação, sem prejuízo de medidas corretivas para obrigar os bancos de dados a adotarem as medidas previstas na proposição.
O prazo de permanência das informações nos bancos de dados é de 15 anos. A MP proíbe a anotação de informação considerada excessiva, que não tem qualquer relação com a análise de risco de crédito ao consumidor. Também não pode haver no cadastro informações pertinentes à origem étnica, sexual, à saúde ou às convicções políticas e religiosas do cadastrado.
Fonte: Agência Senado

terça-feira, 17 de maio de 2011

Brasileiro apóia reforma política e quer voto distrital e facultativo, diz pesquisa

           A maioria dos brasileiros (55%) quer eleger vereadores e deputados pelo voto majoritário, defende o voto facultativo (65%) e em lista aberta (83%), quer manter o atual modelo de mandatos de quatro anos com direito a uma reeleição (58%) e entende (79%) que uma reforma política trará benefícios para o país.

          Esse é o retrato que emerge de pesquisa nacional realizada pelo DataSenado, que ouviu 797 cidadãos, em todas as capitais estaduais e no Distrito Federal. A consulta foi feita de 21 a 29 de março, com margem de erro de 3% e nível de confiança de 90%.

           A pesquisa foi estruturada procurando captar o sentimento dos entrevistados em relação aos temas que estão sendo popularizados pela imprensa, na cobertura das discussões para uma futura reforma política de sistemas de votação e organização de pleitos e mandatos, em curso tanto no Senado Federal quanto na Câmara dos Deputados.

Voto distrital e facultativo

          O apoio ao voto distrital na eleição dos deputados emerge do cruzamento entre duas questões propostas na pesquisa. De um lado, a preferência dos entrevistados (55%) pelo sistema majoritário, que hoje define as escolhas dos ocupantes de cargos executivos (prefeitos, governadores e presidente da República) e dos senadores. De outro, a opção pela eleição dos candidatos mais votados em cada pequena região do estado (64%). Apenas 35% defendem a eleição dos aspirantes que tenham mais votos no estado inteiro.

          Para 65% dos respondentes, por outro lado, o voto não deve ser obrigatório. Ainda assim, 81% afirmaram que mesmo sendo facultativo, não deixariam de votar. O tema da eventual unificação das eleições, segundo a pesquisa, divide fortemente as opiniões: 52% apóiam a unificação, com a realização de pleitos a cada quatro anos, enquanto 47% entendem que as eleições devem continuar separadas, como é hoje. Considerada a margem de erro, representa um virtual empate.

Reeleição e vínculo partidário

          A maioria dos entrevistados (58%) concorda com a atual duração dos mandatos e o direito a uma reeleição, para os ocupantes de cargos de governo (prefeitos, governadores e presidente da República), ao mesmo tempo em que rejeita candidaturas avulsas (55%), sem vínculo partidário, ainda que por pequena margem.

           O cidadão, de forma amplamente majoritária, também quer uma filiação partidária dos candidatos de no mínimo um ano: para 40%, um ano, como é hoje, seria o ideal; para 50%, seria um prazo muito curto. Já o vínculo do candidato com sua região eleitoral, apresentada como “cidade” na consulta, deveria ser ainda maior: 58% dos entrevistados entendem que um ano de registro do título de eleitor na cidade é “muito curto”, ao passo que 36% o consideram "ideal".

Financiamento e coligações

           A tese do financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais não tem o apoio da maioria. Para 48% dos cidadãos ouvidos pela pesquisa do DataSenado, o melhor seria que as campanhas eleitorais fossem financiadas apenas com dinheiro privado, enquanto 32% defendem “apenas dinheiro público”. Já 15% dos respondentes entendem que o financiamento de uma campanha eleitoral poderia ter dinheiro público e privado.

          A questão das coligações para a eleição de vereadores e deputados, por outro lado, teve uma rejeição (53%) que virtualmente pode ser interpretada como um empate técnico com as opiniões favoráveis (46%) dos entrevistados. O voto em lista (fechada) foi apoiado por apenas 16% dos consultados, enquanto uma maioria expressiva (83%) prefere votar no próprio candidato. Essas respostas são coerentes com a preferência pela escolha em sistema de voto majoritário (55%).

Janela, suplência e TV

          Os cidadãos ouvidos pelo DataSenado julgam, por ampla maioria (56%), que os parlamentares devem ser obrigados a ficar um tempo mínimo nos partidos pelos quais se elegeram. Visto pelo outro lado, fica implícita a admissão de uma “janela” para mudanças de partido, de tempos em tempos. A defesa da livre troca de partidos pelos parlamentares foi apoiada apenas por 13% dos entrevistados.

           Na questão da suplência dos senadores, 71% dos cidadãos apóiam a redução de dois para apenas um suplente. E o mesmo percentual defende a tese de que o suplente somente deve assumir a vaga de titular em caráter provisório. Já o tempo de propaganda política na televisão, na visão de 85% dos entrevistados, deve ser igual para todos os partidos políticos. No caso, trata-se da propaganda pela qual todos os anos os partidos fazem a divulgação de suas teses e propostas. Não se trata da propaganda eleitoral.

            Para 79% dos respondentes, uma reforma política trará vantagens para o país. A principal fonte de informação sobre política, por outro lado, continua sendo a TV (56%), seguida de jornais e revistas (20%). A internet, nesta pesquisa, surge à frente do rádio como fonte de informação (15% e 5%). O interesse do cidadão por política, finalmente, foi avaliado como médio por 53% dos entrevistados.

Fonte: Agência Senado.
 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

PEC das MPs é aprovada pela CCJ e pode ir a Plenário nesta quarta

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou um texto consensual para a mudança da tramitação das medidas provisórias no Congresso. Pelo novo substitutivo apresentado pelo relator da proposta de emenda à Constituição (PEC 11/11), senador Aécio Neves (PSDB-MG), as MPs serão examinadas, inicialmente, por uma comissão permanente de 12 deputados e 12 senadores para verificar a sua admissibilidade. A comissão terá 10 dias para se manifestar, se não o fizer neste prazo, a admissibilidade terá que ser analisada pelos Plenários de cada Casa do Congresso. Se a MP não for admitida, será transformada em projeto de lei com tramitação, em regime de urgência, iniciada na Câmara.
Outra alteração importante: as MPs não poderão conter matéria estranha ao seu objeto principal, os chamados "penduricalhos". Hoje é comum haver MPs com vários assuntos diferentes no mesmo texto.
Ainda de acordo com o substitutivo, a Câmara terá 50 dias, a partir da admissibilidade, para examinar a MP; no Senado, o prazo será de 45 dias depois da votação da Câmara. Havendo emendas do Senado, os deputados terão mais 15 dias para novo exame do texto. Se, dentro de cada um desses prazos, a Casa que estiver examinando a MP não votá-la, a medida será arquivada.
Aécio também incorporou proposta de José Pimentel (PT-CE) explicitando que somente serão afetadas pelas mudanças as medidas provisórias editadas a partir da data da promulgação da PEC.
- Esta foi uma construção conjunta do Senado, através da Comissão de Constituição e Justiça - afirmou Aécio, durante a apresentação de seu novo relatório. Na avaliação do senador, cria-se com a proposta instrumentos para inibir a edição de medidas provisórias sobre temas que não sejam urgentes e relevantes.
O presidente da CCJ, senador EunícioOliveira (PMDB-CE), informou que, às 15h, a proposta será entregue ao presidente da Casa, senador José Sarney, autor do texto original, para que ele, se considerar adequado, decida pela inclusão da matéria na Ordem do Dia do Plenário de hoje.

Fonte: Agência Senado.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Governistas podem fazer acordo com Aécio sobre medidas provisórias

Senadores governistas e de oposição devem chegar à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (11) com um acordo sobre a aprovação da proposta de emenda Constitucional 11/11, conhecida como PEC das MPs, de autoria do senador José Sarney (PMDB-AP). A proposição muda o trâmite das Medidas Provisórias no Congresso Nacional, dando mais prazo ao Senado para analisar essas propostas. Atualmente a Câmara dos Deputados tem usado quase todo o prazo de 120 dias para a votação desse tipo de matéria.
Na noite desta terça-feira (10), os senadores devem resolver de uma vez o impasse criado na CCJ com a apresentação de um texto substitutivo, pelo relator da matéria na comissão, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Mesmo tendo maioria para rejeição da proposta do senador tucano (12 dos 23 senadores), os governistas buscam um acordo para que o projeto seja aprovado com consenso na CCJ.
Já Aécio Neves diz estar disposto a abrir mão de partes de seu substitutivo, se houver avanço com relação à proposta original:
- Vamos ver o que vai prevalecer: se a responsabilidade dos senhores parlamentares para com as prerrogativas do Congresso Nacional ou o dever de apoiar, quaisquer que sejam elas, todas as medidas do governo federal. Eu estou otimista, acho que se houver possibilidade de avanço na proposta original, nós modificaremos parte do relatório, mas não aquilo que é essencial.
Essencial para o senador Aécio Neves é, principalmente, manter a obrigatoriedade de que a Medida Provisória trate de apenas um assunto - o fim do "contrabando", como são chamadas as inserções de assuntos diversos no texto. O "contrabando" não seria permitido tanto se advindo da própria medida da forma como a publicada pelo governo, ou por meio de emendas de comissão ou do relator. Neste ponto, Aécio tem a concordância de vários senadores governistas.
Há possibilidade de consenso também na questão do prazo de tramitação das Medidas Provisórias. Governistas e oposição concordam que é preciso ampliar o prazo de análise das medidas pelo Senado.
O projeto original do presidente José Sarney divide a tramitação em tempos iguais (55 dias em cada Casa) mais dez dias para análise da Câmara no caso de a MP ser emendada pelo Senado. O senador Aécio Neves propõe cinco dias iniciais para análise da constitucionalidade por uma comissão mista; 60 dias para a Câmara;e 55 dias para o Senado. Independentemente do tempo destinado a cada Casa, existe o entendimento de que é preciso ampliar o período de tramitação da medida no Senado. 
Vigência imediata
O ponto mais polêmico da proposição trata da vigência das Medidas Provisórias. O projeto de Sarney mantém a regra atual de vigência imediata das medidas. Os governistas consideram a questão inegociável, mas o substitutivo de Aécio Neves estipula que as MPs passem a valer somente depois de ter a admissibilidade analisada por uma comissão mista do Congresso. É o que também defende o líder do DEM, senador Demostenes Torres (GO).
Uma alternativa em discussão pelos senadores é a vigência imediata da Medida Provisória, havendo, contudo, a possibilidade de suspensão no caso de a comissão mista considerá-la inconstitucional.
O presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), garante que a proposta será votada nesta quarta, sem novo adiamento - o projeto está em discussão na comissão desde o final de abril. E acredita que, com melhorias no projeto original, será possível aprová-lo sem enfrentamentos na comissão.
- Tem de haver uma mudança na tramitação das MPs, não podemos mais continuar como estamos. Vários senadores já conversaram com o senador Aécio Neves e acredito que haverá acordo para a votação. O governo está disposto a ampliar o texto apresentado pelo presidente José Sarney - , assegurou.
Eunício Oliveira explicou, porém, que, caso não haja acordo sobre a proposição, o relatório do senador Aécio Neves será colocado em votação. Se derrotado, um Relator ad hocAd hoc é uma expressão latina cuja tradução literal é "para isto" ou "para esta finalidade". É mais empregada no contexto jurídico. No Legislativo, o relator ad hoc é o parlamentar que, em determinada ocasião, foi escolhido para ler o relatório feito por outro parlamentar, devido à impossibilidade deste último de comparecer à comissão ou ao Plenário. será escolhido para relatar imediatamente o texto original apresentado por Sarney.
Autor da PEC 11/11, o presidente José Sarney voltou a cobrar nesta terça-feira a aprovação da proposta na CCJ. Para Sarney, a demora na tramitação da proposta é "inexplicável".
Paola Lima / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)